Se a escrita e o silêncio reconhecem um ao outro nesse caminho que os separa da fala, a mulher, silenciosa por tradição, está próxima da escrita. Silenciosa porque seu acesso à fala nasceu no cochicho e no sussurro, para desandar o microfônico mundo das verdades altissonantes.

Sussurrante conversa de mulheres foi criando uma cadeia inquebrantável de sabedoria por transmissão oral que nunca foi reunida em livros.... Como a escrita não quer dizer nada, sua estranha “conversa” não pode ser recolhida em manuais e apenas o oral sabe transmiti-la. E se a oralidade é o maternal por excelência – o seio fala, a boca do filho apre(e)nde – pode-se dizer que o elemento feminino da escrita é a mãe. Com a mãe se aprende a escrever.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A lenda irlandesa da Aveleira