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Mostrando postagens de maio, 2011

Duke Ellington - Azalea

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The Last Knit

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MEDÉIA 3

Nos interrogamos sobre o objetivo da mensagem do poeta ao nos expor uma mulher estrangeira, atuante, detentora de saberes mágicos e considerada mulher de feroz caráter, de hedionda natureza e espírito implacável ( Eurípides, Medéia. v. 100 ). Medéia representa a mulher envolvida em circunstâncias hostis, saiu da casa de seus pais muito jovem para acompanhar o seu marido. Acreditamos que houve uma empatia entre o personagem Medéia e o público feminino, pois casar jovem era uma situação familiar com as quais as mulheres de Atenas, presentes no teatro, se identificavam. Ao assistir uma dramaturgia, o ouvinte se identificava emocionalmente com o drama vivenciado pela protagonista, a ponto de perder o julgamento racional em prol da satisfação e de interesses emotivos, gerando uma tensão entre a simpatia e o julgamento justo. No momento em que a protagonista discursa para o coro que representa as mulheres de Corinto, ela expõe uma tradição na qual todas se reconheceriam, pois desde muito jov

MEDÉIA 2

Eurípides expõe a protagonista trágica como uma mulher abandonada pelo marido que desejava contrair novas núpcias com a jovem princesa de Corinto como nos indica a citação: "pois, encontra-se órfã sem cidade, ultrajada pelo marido, sem mãe e nem irmão para abrigá-la do infortuno" ( Eurípides, Medéia, v. 255 ). A situação nefasta de Medéia a coloca como esposa abandonada, mãe de duas crianças em situação de exílio e mulher estrangeira. O drama de Medéia, exposto logo no início da tragédia, visava despertar a comoção nos espectadores do teatro de Atenas, pois a infidelidade e a traição masculina não eram temas incomuns na sociedade grega, assim como não deixou de ser nos dias atuais. No caso da sacerdotisa de Hécate, o agravante estava no fato dela estar na condição de mulher estrangeira, longe de seus familiares, a ela estava sendo exigido que cedesse a sua posição de esposa para uma mulher mais jovem e de status social em melhores condições. A tragédia Medéia tem por princí

MEDÉIA

A tragédia Medéia, apresentada no teatro de Dionisos em 431 a C., nos remete às práticas da magia, aos sentimentos femininos e à condição social da mulher grega no período clássico. Este tema integra o que se convencionou denominar de História de Gênero tornando possível demonstrar que a história das mulheres podia ter suas próprias heroínas que atuaram mesmo em condição de subordinação à figura masculina. Elas souberam manipular o poder ao qual estavam submetidas atuando por lances, empregando táticas e subvertendo a ordem. Para apreendermos o lugar social da mulher na sociedade grega do período clássico devemos inseri-la em seu contexto social de produção (HILL, 1995: 21). Isto porque existe uma heterogeneidade de informação quando se busca referências sobre as mulheres na antigüidade, os dados variam dos poemas à prosa, do período arcaico ao clássico e de região. Embora haja uma diversidade de informação é possível estabelecer alguma generalização diante das inúmeras atribuições a e
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Bordados fala do poder feminino Iraniana radicada em Paris, Marjane Satrapi parte mais uma vez de suas memórias para tratar da situação das mulheres no Irã Marjane Satrapi é um mulherão. Pelo menos essa é uma impressão deixada por fotografias. Quando participou do júri no Festival de Cannes, em 2008, era mais alta do que todos os homens do grupo – incluindo o presidente, Sean Penn. Iraniana, ela vive em Paris, não tem papas na língua e discute com franqueza sobre o que quer que seja. Foi essa postura que fez sua fama na série em quadrinhos Persépolis e é ela que abrilhanta a história contada em Bordados, publicado agora pela Companhia das Letras. + ampliar imagem Fragmentos do livro Bordados, de Marjane Satrapi: traço inconfundível e senso de humor são marcas da quadrinista 1 2 3 >> No livro, Marjane faz um recorte da vida das mulheres no Irã para discutir relações afetivas, casamento, traições, tradições e a anatomia masculina. Depois de um almoço, quando os homens se retiram

Banhistas 1920,Austrália

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“A linguagem tem de excepcional o fato de assistir à sua manifestação. A palavra consiste em explicar-se sobre a palavra, em ser ensinamento. A aparição é uma forma fixa da qual alguém se retirou, ao passo que na linguagem se realiza o afluxo ininterrupto de uma presença que rasga o véu inevitável da sua própria aparição, plástica como toda aparição... assistência do ser à sua presença- a palavra é ensinamento ”( LÉVINAS,1961:99).

Ponto de memória

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Programa Pontos de Memória

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