Artistas e coletivos vêm, cada vez mais, se apropriando do ato de bordar como manifestação artística

O ato de bordar vem de longe. Depois de permear muitas gerações exclusivamente como ornamento - inventando motivo para reunir mulheres de uma mesma família na produção de roupas e enxovais -, o bordado vem se multiplicando em rodas coletivas de artistas e deixando cada vez mais a alcunha de mero enfeite para firmar-se também como expressão artística. Artistas renomados e tantos outros ainda anônimos do público passaram a costurar desenhos e palavras em peças capazes de inquietar e abrir um extenso leque de novos significados. Na superfície vazia, linhas passaram a ganhar formas e compor objetos e telas levados ao público em exposições ou mesmo no espaço urbanos das cidades. A proximidade do bordado com as artes plásticas, que vem se estreitando nos últimos anos, faz um convite ao público para olhar o mundo sob um novo panorama e, ainda, para vislumbrar que o ato de bordar, tão forte na nossa cultura e na nossa história, é também um canal de expressão artística e representação subjetiva.

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