Projeto Griô: histórias em retalhos trazem lembranças de outros tempos A cultura popular é muito expressiva no sertão do Cariri.

A tradição oral dos Griôs e as manifestações folclóricas reforçam a vocação cultural do Nordeste e ajudam no processo educativo das crianças.

A cultura popular é muito expressiva no sertão do Cariri. O Centro de Cultura Popular Mestre Noza reúne várias manifestações.

No comando do reisado infantil o Mestre Expedito puxa a cantoria. O esforço é para que a criançada não se esqueça das raízes.

“Depois que eu entrei nesse grupo com essa meninada e eles acharam bom, já vem com quatro, cinco anos que a gente vem com eles”, diz Expedito de Souza, mestre de reisado.

Cultura transmitida é cultura preservada. No projeto Griô, histórias em retalhos traz as lembranças de outros tempos.

Passavam os comandeiros de animal que transportavam carga para aproveitar a sombra das arvores e todas as casas eram feitas de taipas e tinha uma capelinha.

“Meu trabalho é contar histórias em retalhos, resgatando as histórias, tanto de uma família, como de Juazeiro do Norte”, explica Francisca Mendes Marcelino, mestra Griô.
Francisca - mais conhecida como dona Fânca - é mestra Griô. Há muito tempo começou a desenhar e a bordar a história da própria família.

O bordado vira arte nas mãos das alunas.

“Eu escuto uma história que a mestra que ensina pra gente e através dessa história a gente pega cada palavra e bota no pano pra bordar”, diz Heloisiane Rodrigues, de 10 anos.

“O projeto Griô ensina várias coisas, histórias em retalhos. O pano a gente transmite a história que a mestra conta ao pano”, diz Luana dos santos, 10 anos.

s pessoas pobres miradas, nordestinos sofridos, marcados pela fome e pela doença é o que o povo faz hoje, o povo vem em romaria atrás ainda hoje dos milagres de padre Cícero, vinham todos pobres, hoje vem de carro, de ônibus e ate de avião, mas antigamente eles vinham a pé

“Foi através do Griô que a gente aprendeu coisas que a gente não sabia. Exemplo, a história de Juazeiro a gente não sabia a história de Juazeiro”, diz Cicera Calixto, de 11 anos.

Os meninos preferem a xilogravura. Tradicional em todo Nordeste, a técnica é muito usada na literatura de cordel.

“Hoje são 45 crianças que desenvolvem a pesquisa da história e que eles mesmos encontraram identidade deles, e a identidade do bairro, da cidade, Juazeiro do Norte é uma cidade histórica, que o aluno vivencia, mas não conhece, a história real e através desse projeto, da descoberta do Griô, dos mestres, vem só engrandecer a cultura deles”, explica Maria Gorete Leite, professora.

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